Rômulo Takaoka

Meta-Programas: Você sabe o que é?

Neste artigo eu abordo o conceito dos Meta-Programas, como nós nos configuramos e o fato de que inevitavelmente estamos enviesados. Aprenda a ler as pessoas.

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Em PNL e Neuro-Semântica, nós treinamos pessoas para que rodem seus próprios cérebros. Pois acreditamos que a qualidade da vida de alguém é diretamente proporcional a quantidade de seus pensamentos. O modelo de Meta-Programas lista 60 diferentes padrões de pensamentos que funcionam como filtros perceptuais e vieses.

Neste artigo eu abordo os conceitos por trás dos Meta-Programas, como nós nos configuramos e o fato de que inevitavelmente estamos enviesados. E no final deste texto, farei um convite para que você se aprofunde comigo no conhecimento dos Meta-Programas.

Filtros perceptuais que governam a nossa compreensão

Os padrões que você usa para pensar também servem para interpretar. Então se você pensa em termos de certo ou errado, isso ou aquilo, amigo ou inimigo, a tendência é que você perceba as informações que recebe através deste filtro.

Ou seja, se alguém pensa segundo este padrão e uma informação lhe é oferecida, a chance é que essa pessoa interprete em termos de concordo ou discordo.

Para que servem e por que são importantes?

Temos três vertentes que fazem dos meta-programas ferramentas essenciais na vida. E a primeira é o uso para si mesmo, onde você aprende e domina os meta-programas para se aperfeiçoar, se flexibilizar, assim aprende a se relacionar melhor com as pessoas, melhora a sua memória, etc.

E a segunda é o uso em outros, isto é, utilizar os meta-programas para identificar características em outras pessoas. Pois uma vez que você tem um modelo estrutural de comportamentos, você é capaz de traçar perfis mais específicos, consegue melhorar o recrutamento para a sua equipe, diminuir o estresse de uma escolha errada.

E a terceira é o uso na modelagem – e no coaching. Porque como modeladores, nós buscamos entender o processamento interno de uma pessoa, buscamos mapear como ela faz determinada habilidade. Então o uso dos meta-programas como padrões de pensamentos e filtros perceptuais torna-se fundamental no trabalho de modelagem.

Configuração dos Meta-Programas

Cada Meta-Programa é composto por configurações que podem ser um continuum com duas extremidades ou categorias independentes.

Continuum

Por exemplo, o Meta-Programa #2: Epistemológico, que tem a sua configuração no formato continuum. E em um extremo está o pensamento sensorial, no outro extremo está a intuitivo.

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Meta-Programa #2: Epistemológico

Ponto Padrão de Operação

Uma pessoa tende a operar por padrão em um ponto deste continuum. Quanto mais próximo de um dos extremos, mais acentuada é a personalidade desta pessoa.

Por exemplo, uma pessoa que opera muito próxima ao lado sensorial se baseia em fatos, evidências, coisas que vê e ouve. E uma pessoa que opera num ponto próximo ao intuitivo se baseia nas suas sensações.

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Intervalo de Operação

Além do ponto padrão de operação, temos um intervalo de operação. Que é a zona em que temos flexibilidade para operar. Neste exemplo, uma pessoa que tem uma flexibilidade grande é capaz de buscar por fatos e evidências enquanto verifica internamente as suas sensações– seu feeling.

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Os 4 tipos de Meta-Programas

Quando falamos em padrão de pensamentos, basicamente falamos em 4 atividades sobre as quais nós pensamos.

Cognição (raciocínio), emoção (sentimentos), escolhas (decisões) e semântica (atribuição de significados).

E essas são as 4 categorias de Meta-Programas.

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Os 4 tipos de Meta-Programas

Meta-Programas cognitivos

Estes são os programas padrões para raciocinar, compreender as informações que são apresentadas, e até transmitir informações.

Meta-Programas emocionais

São os padrões que uma pessoa usa para construir suas emoções e interpretar as coisas que , ouve e sente no sentido emocional.

Meta-Programas conativos

Conação significa tomada de ação, que também envolve escolhas. Então estes Meta-Programas descrevem o processo que utilizamos para tomar decisões e entrar em ação.

Meta-Programas semânticos

Semântica é um dos pilares da linguagem. E significa significado. Então os Meta-Programas semânticos são mecanismos através dos quais as pessoas atribuem significados e lidam com conceitos abstratos, como a experiência do tempo, por exemplo.

Veja a lista completa dos Meta-Programas.

Como aprender os Meta-Programas?

Por um lado, aprender os Meta-Programas exige que você se coloque em uma posição de abertura para o novo, deixando um pouco de lado aquela sabedoria popular que todo mundo sabe. E por outro lado, te dá uma nova maneira de usar a sua percepção.

O Dr. L. Michael Hall compilou, ao longo dos últimos anos, todos os padrões mentais em seu livro Figuring Out People. E transmitiu todo seu know how em Meta-Programas no ano passado nas Filipinas. Neste evento, ele nos capacitou a ensinar da maneira como ele ensina. E isso significa transmitir o conhecimento de forma detalhada, específica e prática. Fazendo uso de distinções claras sobre cada Meta-Programa.

Então eu coloco em prática esse aprendizado que tive com o Dr. Hall e ensino os 60 Meta-Programas detalhadamente em um programa que nomeei “O código secreto da mente” – com o apoio do meu amigo e Meta-Coach Gerson Sena. Pois metaforicamente, estamos falando de como nós codificamos a nossa cognição, emoção, conação e semântica.

5 dicas para aprender e praticar os Meta-Programas

  1. Estude apenas 1 ou 2 Meta-Programas por semana
  2. Observe a linguagem das pessoas nos termos do Meta-Programa que você está estudando
  3. Viva a experiência do Meta-Programa
  4. Dê permissão a si mesmo para expandir o seu range de operação
  5. Note o que acontece quando você expande o seu modo de operar

O código secreto da mente

Você está pronto para entender os programas que rodam no background da sua mente?

O fato é que cada um desses meta-programas listados acima funciona como um filtro perceptual, e também como um viés na mente. Operar de forma inconsciente é também operar de forma enviesada. E isso implica em estar sujeito à manipulações e influências indesejadas.

Não se trata de misticismo, espiritualidade ou pseudo-ciência. Pois o estudo dos meta-programas traz apenas modelos de funcionamento da mente que visam trazer recursos para os nossos mapas mentais para que possamos navegar na realidade de forma mais funcional.

Veja a lista completa dos Meta-Programas.

O que é meta-programa?

Definição: meta-programas são padrões de pensamento, processos mentais, que direcionam as nossas experiências. Esses padrões podem ser observados na nossa maneira de falar e nas nossas expressões não-verbais.

Por que meta-programas são importantes?

Esse conhecimento te possibilita ler os meta-programas das pessoas, entender como elas funcionam e ser mais influente ao se relacionar com elas.

Como fazer coaching com meta-programas?

A maior parte dos meta-programas funciona com polaridades, e muitas pessoas não conseguem progredir na vida e obter sucesso por estar presa em um desses pólos. Então expandir os meta-programas é uma poderosa intervenção em um programa de coaching.

Quantos meta-programas existem?

Segundo o dr. L. Michael Hall, Ph.D. em psicologia, foram mapeados até hoje 60 meta-programas. Recomendação de leitura: Figuring Out People (2006)

Como aprender sobre meta-programas?

Você pode começar com o livro Figuring Out People (2006) do dr. L. Michael Hall, ou por esse conteúdo gratuito sobre os meta-programas.

Quais os meta-programas mais comuns?

Os 5 meta-programas mais comuns são:
– Fonte de Autoridade (#23): Interno ou Externo
– Atenção (#24): Self ou Outros
– Comparação (#4): Match ou Mismatch
– Resposta Somática (#27): Ativa ou Reflexiva
Modus Operandi (#38): Necessidade, Impossibilidade, Possibilidade, Desejo, Escolha

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