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- Fé Cristã
De um lado somos totalmente dependentes da misericórdia de Deus dada pelo sacrifício de Jesus. Por outro lado sabemos que somos co-herdeiros com Cristo. Então como devemos considerar a nós mesmos? A autoestima do cristão deve ser alta, como filhos de Deus? Ou baixa, como pecadores e não merecedores?
Neste artigo abordarei o conceito de autoestima, seus impactos na vida cotidiana, a diferença entre autoestima e autoconfiança, e como ajustar a sua autoestima sem deixar a humildade.
O que é autoestima?
Estima é o sentimento de carinho ou apreço por alguém. Autoestima é este sentimento aplicado a si mesmo. Ou seja, é o ato de se valorizar, ter amor próprio.
Quando comecei a minha jornada no mundo da Neuro-Semântica, minhas objeções internas saltaram e gritaram: “como assim amar a si mesmo? Está escrito que quem busca encontrar a sua vida a perderá! E quem perder a vida por Jesus, vai encontrá-la.”
Então pensei: “o cristão deve mesmo se abster de amor próprio?”
E a minha conclusão foi: o cristão deve separar a soberba, o egoísmo, a ganância, do amor próprio.
Amar a si mesmo não é se sentir superior em relação aos outros, mas sim entender, reconhecer e aceitar o seu valor incondicional como um ser humano.
A autoestima como um potencializador para o seu ministério
Uma autoestima bem resolvida implica em uma vida sem auto depreciação, o que implica em menos tempo se dedicando em pensar mal de si mesmo. Entende?
Você pode estar pensando: “mas eu cometo pecados, eu erro, não consigo passar um dia sem pecar. Como posso me considerar valioso?”
A minha pergunta para você é:
“Você é capaz de separar quem você é do que você faz?”
Esta distinção é extremamente importante e sem ela você é incapaz de entender a profundidade do sacrifício de Jesus. Pois a mudança que ele fez não foi apenas na esfera das ações, mas uma mudança de identidade, é a respeito de quem você se torna e não do que você faz.
Entenda esse conceito e torne-se quem você nasceu para ser.
Quem eu sou versus o que eu faço. Autoestima vs autoconfiança
Autoconfiança tem a ver com o que você acredita acerca das suas habilidades, competências, ou seja com as coisas que você faz.
Então se você tem uma habilidade bem desenvolvida – como falar em público, cantar, tocar um instrumento, dançar – provavelmente a sua confiança nessa habilidade é alta. E se você não a tem bem desenvolvida, provavelmente a sua autoconfiança deve ser baixa.
E isso é bom. Ter confiança em uma habilidade mal desenvolvida pode ser perigoso. Enquanto que uma baixa autoconfiança em uma habilidade bem desenvolvida gera insegurança e baixa performance.
A autoestima por sua vez não deve variar conforme a sua habilidade, ou competência. Mas deve ser constante, seguindo a condição de imagem e semelhança de Deus.
Como cristão que confessa Jesus Cristo, você foi feito filho ou filha de Deus. E isso é dom – ou seja, foi dado por Deus. Não depende das suas ações, e nem das suas capacidades. Percebe?
O que você faz não altera a sua condição humana ou cristã.
Não estou dizendo que você pode pecar, ao contrário, deve viver para Cristo. Veja o que Paulo diz em Romanos 6:
“Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”
Assumindo a responsabilidade pela sua autoestima
A autoestima é sua, portanto assuma a responsabilidade por ela. O seu valor não depende do que dizem ou não dizem de você, nem tampouco dos reconhecimentos que você recebe.
Jesus nos instrui a “amar ao próximo como a nós mesmos”. E eu penso: “que tipo de amor terei pelo próximo se eu não amar a mim mesmo?”
Busque incorporar os seguintes conceitos na sua vida:
- O fracasso e o sucesso não mudam o seu valor como humano filho ou filha de Deus.
- Nada pode te separar do amor de Deus.
- Você é co-herdeiro com Cristo.
- Na casa de Deus existem muitas moradas, e Jesus as preparou para você.